Durante a renovação do batismo de minha afilhada Jaqueline, sexta-feira
passada, minha memória insistentemente trazia à tona a recordação de um
batismo, ao qual também fora madrinha. Desde o início, eu desejava batizar
aquela criança.
Naquele domingo, lembro-me claramente que acordei com os
olhos verdes de esperança e a alegria no coração. Assim, extremamente feliz,
fui ao encontro da minha primeira afilhada. No entanto, em minha chegada, ao olhar atentamente para minhas
mãos vazias, uma onda de fúria e violenta decepção invadiram a alma daquela
mãe, que aos berros dizia: Cadê o chapéu?! Você não comprou o chapéu?! Eu só
pedi o chapéu e você não comprou!
Então, sem o chapéu que ela tanto sonhara pra filha, não
poderia ir ao batizado, não sem o chapéu.
Segui, apesar de tudo, em direção à igreja. Ela nunca soube
que a água benta do Espírito Santo misturada com minhas lágrimas jorrou com
imenso amor sobre a cabeça de sua filha.
Nunca soube, pois não estava lá. Nem o chapéu!
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