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terça-feira, 16 de dezembro de 2025

Lista de compromissos em dezembro!

Meados de dezembro e quis colocar na agenda a lista de compromissos: convite ao início do ano litúrgico: o advento, viagem ao Rio para formatura da neta mais velha, almoço de despedida pra irmã e cunhado que estão de viagem marcada pros EUA, visita pra irmã em Taubaté, visita pros parentes e à amiga professora em Piquete, encontro com a amiga de todas as horas e com os amigos, que são amigos dos "pets" das netas, viagem novamente pro Rio pra festejar Natal e Ano Novo com a família! Caminhada à noite pela cidade pra admirar as lojas de brinquedos que sempre nos encantam e nos atraem, os enfeites vermelhos e brilhantes na praça da cidade. E, algum compromisso inesperado ou aleatório. No entanto, a saudade e o silêncio da noite revelam as emoções que nos fazem sentir na carne a dor mais profunda. E, gostaria de receber dezembro com alegria e a alma ensolarada. Um mês sempre tão lindo e cheio de presentes. Mas no ano de 2025 vivi momentos marcantes e outros nem tanto. Fiz 61 anos em agosto e tenho plena consciência da pessoa que sou, do que me faz feliz doando meu tempo a quem precisa de mim. A presença que posso dar ao outro é meu maior tesouro. Andei com frequência curtas distâncias em busca da cura e do alívio das dores intensas que meu irmão sentia por causa do câncer que levou sua alegria e sua força antes mesmo de levá-lo desta vida. Em seguida, a grande alegria trazida pela viagem à Alemanha me encheu novamente de ânimo através da companhia diária da minha neta cheia de histórias de amor e ternura. De certa maneira fiz essa viagem sujeita a ventos e tempestades, pois guardava em segredo que minha irmã caçula também estava lutando corajosamente contra um câncer. E eu carregava sempre nos olhos o pranto sem lágrimas, o embargo na voz melancólica. Como um relâmpago, acordei naquele dia de agosto com a sombria notícia da repentina partida da minha irmã, daquela que amava mais do que era amada, daquela que vivia das migalhas de tempo, das migalhas de carinho, das migalhas de tudo. Quase nada desejava e quase nada possuía! Quase não tive coragem de começar a escrever e, termino em silêncio emocionada! E, com desejo de cumprir a lista de compromissos com palavras cheias de amor, desejo de abraçar a vida e a família que estará por perto! E trazer na memória os que já se foram e, no coração os que estarão longe da gente! Então, desejo apenas que se cumpram as promessas!

quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

Ora menina...Ora princesa!

A menina nos encanta com magia congelante. Ora Anna impulsiva, ora Elsa fascinante. O medo é seu limite, seu sonho é livre estar. A noite é inimiga, mas a luz a faz brilhar! A menina nos seduz para história encantada. Ora Isabela perfeita, ora Mirabel preocupada. Com dom e cores vivas colorindo cada canto. Pra vida florescer sem perigo e com encanto! A menina nos inspira a revisitar a infância. Ora Magali comilona, ora Bela em elegância. Sua vida é fantástica e a magia é constante! A menina nos conta um mar de aventura. Ora Moana destemida, ora Gabby criativa. Elisa, princesa ou menina? É "tudo o que ela quiser ser"! Feliz aniversário princesa Elisa, amorzinho da vó Rosana! Feliz 7 aninhos... repleto de encanto e doçura! Com muito amor... vó Rosana!

sexta-feira, 28 de novembro de 2025

Anotações históricas

O mês de novembro chegando ao fim. E com ele chegou ao fim também a COP30. A COP30 foi a 30º Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (Conferência das partes), realizada em Belém do Pará, no Brasil, de 10 a 21 de novembro de 2025. Com certeza COP30 ficará marcada por suas características únicas e momentos especiais. Na região amazônica, líderes do mundo todo se reuniram para tentar encontrar acordos para ações para evitar o desastre sem precedentes que podem ser provocados pelas mudanças climáticas. Nestes dias tivemos protestos, festas e até incêndio! E termina com resultado abaixo do esperado e, mais uma vez foi marcada pela disputa entre os países ricos e os países em desenvolvimento, mas consolida marcos relevantes em justiça climática, gênero e participação dos povos. E pela primeira vez na história das COPs, o tema do racismo ambiental ganhou destaque oficial. O documento pede o enfrentamento das desigualdades que impactam de forma desproporcional pessoas negras, povos indígenas e comunidades. O mundo saiu de Belém sabendo que continuaremos lutando para que a justiça climática seja o centro das decisões internacionais. Não somente este mês está chegando ao fim, mas o ano também! E eu penso que as guerras também poderiam chegar ao fim, todo tipo de guerra. Talvez se um dia os homens pensassem e fizessem tudo diferente, a felicidade estaria em meus olhos verdes de esperança!
Paráfrase é a reescrita de um texto usando outras palavras, mas mantendo o sentido e a ideia original.

sexta-feira, 14 de novembro de 2025

Recria tua vida, sempre, sempre!

Por um momento, me aproximei da janela e de repente observei a beleza do céu azulado e do sol estalando tão perto de mim. E me dei conta que estou morando aqui há pouco mais de 1 ano, no 7º andar deste belíssimo edifício. Neste interim de agosto de 2024 a julho de 2025, mais uma viagem para Alemanha. A 3ª em menos de 1 ano! E outras tantas ao Rio de Janeiro! São viagens inesquecíveis que podem ser consideradas oportunidades para novo ciclo da minha vida. Vale ressaltar que o novo ciclo refere-se aos 60 anos de idade e à passagem do tempo de muitos acontecimentos alegres, tristes e, sobretudo inesperados. Quando resolvi mudar da antiga casa que morei por mais de 30 anos, a decisão chegou forte e repentina. Estava triste, abatida e recolhida dentro de mim mesma, devido à mudança de minhas três netas para o Rio de Janeiro e da netinha caçula para a Alemanha. Às vezes a separação significa sofrimento, mas não o fim da vida, nem o fim de todos os afetos, mas transformação ao longo do tempo. Estava decidida, tinha força para lutar, mas coragem para mudar também não tinha ainda. Seria isto possível, meu Deus! Às vezes, tinha esperança, como se algo diferente pudesse chegar do nada e de repente. Eu quis acreditar que poderia traçar outros caminhos e me refazer para uma vida nova. E ela chegou, avançando sobre o futuro, agora e aqui do 7º andar, olhando do alto a vastidão deste céu acredito que valeu a pena ter deixado as boas lembranças guardadas com tanto amor para viver as certezas de uma vida que havia sido esvaziada naquele momento. Bem, de nada vale agora pensar nisso! É possível medir a distância que nos separa daqueles que amamos? Creio que não. Eu me enchi de fé em Deus, de novos sonhos, outros destinos e um horizonte de possibilidades, mesmo que tudo o que eu vivi de bom ou ruim tenha ficado para sempre, pois em qualquer circunstância a recordação se fará presente em minha vida. O amor, com o tempo, desenha outros caminhos que aos poucos fui preenchendo de novas lembranças, outras saudades. E minha vida tem ficado cada vez mais cheia de esperança!

sexta-feira, 24 de outubro de 2025

Não sabia que eu te amava tanto assim!

Uns diziam que ela não "vingaria" já que nascera tão magrinha, tão doentinha, a oitava filha de minha mãe, a dona Carmem ou Carminha, como era chamada. E que ela ia ter uma vida muito sofrida. Mas outros diziam que valeria a pena ser cuidada pela avó que vivia na roça, que criava cabras no imenso quintal rodeado de muito verde! Ela insistia em querer viver e isso foi tão importante. Porque a vida dela era importante para algumas pessoas daquela casa. Em 07 de agosto do ano de 1970, na cidade de Piquete, ela nasceu e por muitas pessoas ela foi tratada como se fosse alguém inferior. Pior que isso, era tratada como se não fosse pessoa da própria família. Pior ainda, era tratada como se fosse incapaz de aprender qualquer coisa. E só era bem tratada o suficiente para permanecer com saúde e poder fazer companhia para a avó. Em outros lugares, ela quase nunca visitava, devido a dificuldade e a falta de vontade mesmo. Ou eram os irmãos ou era a mãe que tinha de ir lá, na Tabuleta. E então, muito tempo depois, que essa oportunidade de passear existiu, pra valer, na vida dela. Porque a casa onde ela, os tios e avós tinham morado ficava distante da cidade. Então, eles mudaram para bem perto de nós. O avô não tinha diploma, mas tinha sabedoria, tinha o tipo de educação necessária para conseguir um emprego remunerado. Então, deixou a roça para trás e veio trabalhar na Fábrica Presidente Vargas. Foi nessa época que nossa amizade tornou-se sólida e passamos a conviver diariamente. A avó acordava com as galinhas, naquela hora em que até o dia ainda está em dúvida se vai raiar. Como sempre fazia, desde quando morava na roça. A menina que já não era tão magricela assim, pulava da cama e logo tratava de ir à cozinha que ficava no quintal, um rancho de pau-a-pique com fogão à lenha,tão modesto quanto aconchegante. Lá tomava um gole de café e comia fubá torrado ou café com farinha de milho na caneca de alumínio. Se aproximava do tanque, lavava a cara, ajeitava o cabelo, penteando-o com as mãos. Em seguida, jogava milho pros galos, galinhas, patos que ocupavam boa parte do quintal, chão de terra limpinho, sem nenhum mato, pois as aves se encarregavam disso. E só depois disso que ela ia comigo pra rua pra gente sentar e conversar lá no banco de madeira feito pelo nosso avô. E assim, você Rosilene, passou a gostar tanto de mim que dizia que moraria comigo após a morte da nossa avó. Entretanto, muita coisa mudou, para dizer a verdade, quase tudo mudou! E hoje? Hoje meu coração está sem direção, sem acreditar que não irei mais te encontar, que não irei ouvir mais o celular tocar o dia inteiro, que não verei mais você do outro lado, sempre deitada quando conversava comigo. Eu não sabia que eu te amava tanto assim, não sabia a falta imensa que você faria em minha vida, não sabia o quanto fazia bem para mim em dar boas risadas de suas "atrapalhadas" dentro do circular com seu Tio Ley que você amava tanto.
Hoje eu sei, eu te amei muito e, na maioria das vezes, fui uma irmã amorosa, "sem xingar, sem gritar" com você Rosilene! E compreendo também seu desejo de partir sem a minha presença.Talvez meu coração não suportasse tanta dor, a dor que está dentro do meu coração pela sua ausência. Ah! Rosilene, eu não sabia que te amava tanto assim! E tampouco que você iria embora sem se despedir de mim! Com tanto amor, sua "irmã do coração", como você me dizia! Neia