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domingo, 29 de março de 2015

O catador de sonhos






Naquele ano de 1991 eu completaria 27 anos de idade.Casada e com duas filhas - uma faria 6 anos e a outra 3.
Morávamos numa casa modesta, nos fundos da casa de uma professora. Com apenas três cômodos, o quarto era o ninho perfeito para tantos sonhos. Ali,quase todas as noites, contava para elas os mais belos contos de fadas e outros tantos que eu inventava.
Nossa princesa chamava-se Elisa e Seu "RABUJA"era o catador de sonhos que durante a noite, roubava os sonhos, para então, transformá-los em realidade durante o dia.
Boa parte do tempo passava alegre, contemplando tanta ternura. Então, transformava tudo em histórias e lançava sobre elas, a bênção das fadas.
Talvez seja utopia, mas sabia que as filhas sonhavam o mesmo sonho: que o pai e a mãe ficassem juntos e felizes para sempre, como nos contos de fadas.
E naquele ano, Seu "Rabuja"não catou esse sonho ou deve ter morrido; tentei explicar com minhas palavras hesitantes, à filha mais nova, as conturbadas mudanças em nossa vida. Parecia não entender ou não estivesse interessada.
Compreendi então, que a aparente indiferença dela, não era porque estivesse desinteressada, mas porque, sonho e realidade não cabem em palavras e, isso se transmite no olhar. Olhar marcado intensamente pelo medo, saudade e resignação.
Acredito que a infância seja o chão sobre o qual caminharemos o resto de nossos dias.Se for esburacado demais vamos tropeçar mais, cair com mais facilidade. Porém, dentro de nossos limites, podemos intervir, errando e acertando entre os desafios de cada dia. Nem tudo pode ser sonhado: misturamos em nós a possibilidade de sonhar e a certeza de sofrer.
Se insisto nestas lembranças é porque penso que a família, que nos define tanto, pode ser um porto confiável de onde partimos e ao qual podemos retornar, ainda que em pensamento. Aquele lugar que será sempre o "meu"e o "seu" lugar, mesmo que eu já não viva nele.



Com muito amor e carinho pra você Letícia que completa hoje 27 anos!
Nossa vida não é um conto de fadas e não podemos alterar o passado. Não comandamos o destino de nossos filhos, nem ao menos podemos sofrer no lugar deles. Ter filhos é viver com as incertezas e crer sempre que Deus está conosco mesmo nos momentos de dor e sofrimento.
Te amo muito, mãe Rosana

terça-feira, 10 de março de 2015

Relato Autobiográfico - Guilherme Flauzino


A minha infância foi muito legal, pois eu brincava muito no meu quintal, brincava principalmente  com meus cachorros. Era feliz, bastante feliz.
Quando chegava final de ano, eu viajava para a praia por dois ou três dias com meus pais. Hoje em dia, eu faço as mesmas coisas que eu fazia na minha infância. Mas, o que me encanta é poder recordar  as deliciosas e, porque não, saborosas visitas na casa de meus avós.


Guilherme Flauzino Tomaz