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sábado, 26 de outubro de 2013

Sequência Didática: Ortografia e Pontuação

ORTOGRAFIA E PONTUAÇÃO 
Cabe ao professor oferecer aos alunos a possibilidade de observar o valor da pontuação dentro de enunciados linguísticos, fazer comparações com outras formas de pontuar e analisar os aspectos notacionais da língua enfatizando a ortografia; acentuação e pontuação. Para isso é preciso trabalhar com pequenos textos de diversos gêneros, fazer a observação de sua pontuação e a finalidade a que ela se destina. Conteúdos específicos:
- Observação e análise de regularidades ortográficas
- Conhecimento e utilização da pontuação segundo regras
- Reconhecimento da pontuação ou da falta de pontuação para obter um efeito estilístico
- Reconhecimento e emprego das diferentes formas de pontuação em diálogos


7º ano

Tempo estimado 
6 aulas
Material necessário: 
Textos escritos tendo como suporte livros didáticos, pesquisa na internet
Obras literárias completas
Crônica:     A cidade e a roça - Rubem Braga. Rio de Janeiro: 1964.p.57(Fragmento)
Desenvolvimento
1ª etapa
Ler um trecho da crônica de Rubem Braga, do qual foi retirado todos os sinais de pontuação. Depois, conversar com o colega sobre sua experiência de leitura. Dessa forma, perceberão a importância da pontuação estilística, ou seja, utilizada para sugerir uma emoção, uma sensação, um sentimento. Fazer as seguintes perguntas:
Foi fácil ler o texto? Compreendeu o conteúdo? Houve algum trecho no qual foi difícil atribuir sentido? Afinal a pontuação fez falta ou não? Por quê?
2ª etapa                                                                                                                                                                                                                           Durante a discussão sobre as questões, recordar ou entender os conceitos de discurso direto e indireto.  
 3ªetapa
 Distribuir o texto a eles com a devida pontuação (íntegra). Depois é preciso que leiam em voz alta para comparar e sentir a diferença entre as duas formas de enunciação. 
Em seguida, perguntar: A presença desses sinais de pontuação ajudou a ler e compreender melhor o texto?

4ª etapa
 Propor exercícios que sistematizem o emprego da pontuação. Deve utilizar textos completos (períodos e parágrafos, e não frases isoladas). É preciso que as atividades tenham significado, estejam em um contexto mais reflexivo que possibilite a análise de regularidades ortográficas a serem realizadas. Uma boa estratégia é trabalhar com as próprias produções dos alunos, coletivamente, em situações de reescrita, e não apenas de correção, para que percebam como escrever os mesmos textos com uma pontuação diferente da original. 



Avaliação
A avaliação se dará coletivamente, em todos os momentos em que os alunos estiverem participando das discussões sobre pontuação e realizando exercícios, e individualmente, quando estiverem empregando a pontuação em produções escritas, de maneira prescritiva apenas ou de forma criativa para obter efeitos estilísticos.

Sequência Didática realizada para o Curso MGME



sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Livro Último- Poesias completas - Guilherme Pupo Falconni


 LIVRO ÚLTIMO / Guilherme Pupo Falconi


Livro Último é o primeiro resultado de uma caminhada de vinte anos pela poesia – conhecer, escrever, e tornar-se poeta. Um envolvimento que se iniciou nas descobertas da adolescência e depurou-se sob a excelente orientação de alguns professores do tempo da escola, da leitura dos grandes poetas, da atenção carinhosa de meus pais e de alguns atenciosos amigos – entusiastas de minhas poesias – que insistiram que levássemos à frente esta publicação.

Este livro materializa o desejo de fazer poesias, colocá-las ao público e tornar-se poeta. Trata-se de um trabalho vivo e dedicado que procura ultrapassar em muito o simples desabafo, apresentando um conjunto plural e enfocado de poesias selecionadas que expõe a busca de construir uma identidade na arte poética – expressão, forma, pulsação e estilo. Nele está a seleção de poesias dos últimos cinco anos de trabalho, daí o título – Livro Último. Últimas poesias produzidas nesta jornada até aqui. Revisadas, esculpidas e tratadas, são o começo de uma nova jornada, um vir a ser, que aqui se projeta e agora convida você a completá-lo como leitor. Venha, entre, vamos caminhar.

Este é o lado de fora
Este é você.
Esse sou eu

Por hora isso basta.
Por hora...

Falconni (Guilherme Falcon Pupo), nasceu em São Paulo em 1975. Professor de história, é bacharel e mestre em história pela Unesp – Universidade Estadual Paulista. Exerce a docência faz quinze anos atuando no ensino fundamental e superior. Tem artigos publicados em periódicos acadêmicos na área de história, cultura e educação. A poesia entrou na sua vida através da literatura, da atenção de amigos e familiares e dos bons professores com que conviveu em sua formação escolar e acadêmica. Tem como principais influências em seu trabalho poético; Adélia Prado, Manoel de Barros, Affonso Romanno de Sant'anna, Roberto Piva, Ferreira Gullar e Fernado Pessoa.

Serviço:

Livro Último
Poesias Completas
Guilherme Pupo Falconni
Scortecci Editora
Poesia
ISBN 978-85-366-3112-7
Formato 14 x 21 cm
100 páginas
1ª edição - 2013


 http://www.scortecci.com.br/lermais_materias.php?cd_materias=8780&friurl=:-LIVRO-ULTIMO--Guilherme-Pupo-Falconi-:




MAIS PALAVRA - Guilherme Pupo Falconni


Morre na palavra o que a alma cala
e o que morre no coração
corrói o chão d'alma.
O que a letra esfria,
a enxurrada d' alma acalma.
No papel se petrifica a lama
e fica só a alma.
Tudo o que hoje vive um dia acorda.
Um suicida só quer acordar.
As coisas não querem ser coisas
e nem querem
ser.


Não existe alma venturosa
em que do passado não circule lama,
mesmo que seja uma lama calma.
Quem nega engana.
Em toda  alma uma lama,
que circula e vem de fora,
por entre os amores e alegrias,
se misturando caldulenta
nas esperanças e saudades,
que das maldades e egoísmos desvia,
correndo por debaixo das bondades.
Tudo sob o sol da vida
na alma se enlameia.
em toda alma uma lama
Em toda essa lama uma alma...


Falconni, Guilherme Pupo
Livro último : poesias completas p.18
1.ed. São Paulo
Scortecci ,2013.



quinta-feira, 24 de outubro de 2013

ENTRE SONHOS E REALIDADES: NOSSA AMIZADE



“É preciso ler isto, não com os olhos, mas com a memória e a imaginação.” Machado de Assis

Etimologicamente, ”recordar” vem de “re” + “cordis” (coração), significando, literalmente, ”trazer de novo ao coração algo que, devido à ação do tempo, tenha ficado esquecido em algum lugar da memória”.




Naqueles tempos a vida era só alegria, aliás, alegria era comum em nossa vida. A vida corria simples, sem grandes sonhos, a não ser o de concluir os estudos.   Como era simples viver rindo à toa, sem correrias, sem deixar escapar os preciosos momentos; como naquele dia que brincamos na chuva... Aquela inesquecível CHUVA! Eu, você e seus irmãos, no caminho da Fábrica Presidente Vargas, próximo da sua casa e do meu emprego – casa da Lúcia- lembra-se? Quanta alegria! A alegria deu lugar à recordação... Somos ainda amigas; no entanto, existem tantas mudanças que parece que o tempo é outro. Estamos ocupadas demais em nossas vidas. Do meu quintal, observo a chuva, fico pensando: por que tanta distância? Isso era para ser exclusividade da morte. Sem desculpas ou possibilidades. Naquela época, naquele tempo, antigamente...  palavras que se tem ”apenas” quase meio século! Ao maravilhar-se com as lembranças do passado, alimentamos nossa alma e, de forma muito sutil, continuamos a viver. Sem dúvida minha esperança está contida nos sonhos e realidades. Contarei os dias, ansiosa, para reencontrá-la. E pretendo apenas recolher da vida algo tão valioso, que a faz mais digna de ser vivida: Nossa amizade!


“Recordo ainda” de Mário Quintana

Recordo ainda... E nada mais me importa...
Aqueles dias de uma luz tão mansa
Que me deixavam, sempre de lembrança,
Algum brinquedo novo à minha porta...

Mas veio um vento de Desesperança
Soprando cinzas pela noite morta!
E eu pendurei na gralharia torta
Todos os meus brinquedos de criança...

Estrada afora após segui... Mas ai,
Embora idade e senso eu aparente,
Não vos iluda o velho que aqui vai:

Eu quero meus brinquedos novamente!
Sou um pobre menino... acreditai...
Que envelheceu, um dia, de repente!...


Feliz Aniversário! Felicidades!
Amo muito você querida Josi... Josiane!

Sua amiga Rosana.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Centenário de Vinícius de Moraes


Comemora-se neste sábado, 19 de outubro, o centenário de nascimento de Vinicius de Moraes. Considerado um dos mais importantes nomes da poesia e da música nacionais, Vinicius de Moraes deixou uma obra vasta, passando pela literatura, teatro, cinema e música. Vinicius de Moraes nasceu no Rio de Janeiro em 19 de outubro de 1913, e morreu na madrugada de 9 de julho de 1980, aos 67 anos, devido a problemas decorrentes de uma isquemia cerebral.
                                                                                                                           

Não Comerei da Alface a Verde Pétala

Não comerei da alface a verde pétala
Nem da cenoura as hóstias desbotadas
Deixarei as pastagens às manadas
E a quem maior aprouver fazer dieta.


Cajus hei de chupar, mangas-espadas
Talvez pouco elegantes para um poeta
Mas peras e maçãs, deixo-as ao esteta
Que acredita no cromo das saladas.


Não nasci ruminante como os bois
Nem como os coelhos, roedor; nasci
Omnívoro: deem-me feijão com arroz




E um bife, e um queijo forte, e parati
E eu morrerei feliz, do coração
De ter vivido sem comer em vão